Paciente armado rouba registros de Pronto-Socorro

09/06/2012 02:39

Dois livros foram levados da recepção da unidade Padre Anchieta na madrugada deste sábado


 

Um paciente armado com revólver roubou dois livros de registros da recepção do Pronto-Socorro (PS) da Vila Padre Anchieta, em Campinas, na madrugada desta sexta-feira (8).

O homem chegou na unidade às 5h40 em busca de atendimento e passou pela recepção, onde foi feita a ficha cadastral, com registro no livro de controle. Segundo funcionários da unidade, ele estava com um ferimento — não foi informado qual — e segurava as duas mãos no peito.

Ao terminar de fazer a ficha, o homem teria aguardado alguns minutos na sala de espera, mas de repente passou a discutir com as recepcionistas. O motivo da discussão não foi divulgado pela coordenação do PS.

Durante a briga, uma das recepcionistas teria se levantado para chamar o médico, momento em que o paciente sacou um revólver e obrigou as servidoras a entregar os livros de registro que estavam com elas — um de clínica médica e outra da pediatria. Havia pacientes na sala de espera. “As funcionárias ficaram em pânico. É a primeira vez que ocorre algo assim (paciente armado)”, disse o coordenador da unidade, José Roberto Silva.

Após pegar os livros, o homem fugiu. Uma câmara de monitoramento está instalada atrás do espaço reservado às recepcionistas, mas, segundo Silva, a ação do paciente não foi registrada pelo equipamento.

Os funcionários desconfiam que o homem tenha se envolvido em algum crime e dado seu nome verdadeiro às atendentes. Ao perceber isso, acreditam, teria levado os livros, que servem de controle para a localização de prontuários.

Com o roubo dos registros, a coordenação teve que iniciar outros. O caso será encaminhado ao setor jurídico da Secretaria de Saúde.
Segundo Silva, casos de violência na unidade ocorrem quase que diariamente, mas a maioria das ocorrências é de agressão física ou verbal.

“A insegurança nos postos de saúde já virou rotina, mas da forma que ocorreu hoje (sexta-feira) amedronta”, disse Silva. Uma empresa terceirizada, que trabalha desarmada, faz a segurança do PS. Depois do roubo, foi chamado uma viatura da Guarda Municipal (GM) para dar apoio