Prefeitura amplia vigilância privada em Campinas

18/06/2012 08:00

Foi aberto processo de licitação para a escolha de uma nova empresa para prestar serviços de vigilância terceirizada em espaços públicos municipais

Desde março, com o contrato de vigilância vencido, a Prefeitura de Campinas abriu processo de licitação para a escolha de uma nova empresa para prestar serviços de vigilância terceirizada em espaços públicos municipais. O edital prevê um aumento de aproximadamente 300 homens no efetivo que será espalhado pela cidade. Atualmente, 889 vigilantes da Gocil prestam serviço em Campinas. Esse número deve chegar a 1,1 mil conforme prevê o edital. Eles serão distribuídos em 616 postos de segurança. Hoje são 543. A previsão é de que o novo contrato, com duração de 24 meses, custe R$ 85 milhões aos cofres públicos.


Segundo o secretário de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública (SMCASP), Sinval Dorigon, quando assumiu a pasta, o contrato já estava vencido. “Mesmo assim fizemos um acordo com a Gocil. Pagamos a eles o mesmo valor através de reconhecimento de débito no período. Já o preço do próximo contrato deve ser maior porque também terá aumento no número de postos e de funcionários”, explicou.


A expectativa dos funcionários públicos, principalmente aqueles que trabalham no setor da Saúde, é de que haja mais segurança para trabalhar. No Centro de Saúde Jardim Santa Mônica, em abril, os servidores cruzaram os braços depois que uma funcionária foi assaltada no horário de fechamento da unidade. “Não só na saída, mas na entrada também isso acontece. Quem sabe, com uma vigilância 24 horas, isso melhore”, disse a auxiliar técnica de enfermagem Cristiana Rodrigues, de 32 anos.


A enfermeira Juliana Turno da Silva, de 27 anos, conta que são frequentes não só os roubos, mas as agressões verbais e físicas contra funcionários do posto. “Falta recursos na Saúde, a população fica insatisfeita e isso é descontado em quem está mais próximo, que somos nós. Com vigilantes, pelo menos a sensação de segurança aumenta”, disse.


Segundo o coordenador do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Jadirson Tadeu Cohen, a questão da Saúde é a mais “alarmante”. “Não dá para sair de casa, ir para o trabalho e apanhar. Isso é humilhante. Mais vigilantes não resolve, mas minimiza o problema”, afirmou. As agressões contra funcionários públicos acontecem, afirmou, pois faltam recursos. “Ninguém quer sair de casa para ouvir um ‘não’ na hora de ser atendido ou quando precisa de medicamento.”


O Bosque dos Guarantãs, no bairro Jardim Nova Europa, é outro